Mário de Sá-Carneiro 1890-1916
Edições Rolim (1984)
História curta, fácil, inquietante. Torce-nos o pensamento, aponta o dedo aos destrutivos amor e tempo - "o cancro enorme". Encontramos pequenas lições na autodestruição de Raúl Vilar. Este Mário de Sá-Carneiro aos 20 anos deixa-me calmamente espantado.
Na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido. Ser feliz seria para mim a maior das infelicidades. O tempo caminha com uma velocidade tão grande que, num segundo, avança um segundo; num minuto, outro minuto; numa hora, outra hora. É abominável!...vai-nos destruindo a cada instante...ininterruptamente...inexoravelmente.
Hoje é o dia 17 de Setembro de 2009 - nunca viverei outro dia igual a este, nunca mais farei o mesmo que fiz hoje...um segundo não se repete em cem mil anos!...