16/06/2011

O Dia do Desespero

Manoel de Oliveira, 1992

Paulo Branco - Produtor, com Teresa Madruga e Mário Barroso

'Quero que o céu vista a côr negra da minha alma', diz Manoel de Oliveira, citando Camillo Castello-Branco. Fala-nos dos selvagens felizes, dos padecimentos de Camillo, recolhendo as muitas cartas que o escritor escreveu, estudando a sua vida e fim dela ao pormenor. Amassa a morte grave, vista como o eterno estigma do silêncio nos lábios, com as paixões desvairadas em Seide. Em Lisboa, noto que me sento a uma mesa igual à de Ana Plácido, amante de Camilo. Um 'drama em gente' em que Camillo morre sete quartos de hora depois e em que uma das cenas finais com a cadeira de balanço rouba o espectáculo. Uma brilhante folhinha seca.

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