Aquilino Ribeiro, 1924. Bertrand Editora e Herdeiros de Aquilino Ribeiro 2007
Aquilino Ribeiro acabou este livro e pô-lo no sapatinho de Natal dos seus dois filhos. Foi uma prenda. É um conto de crianças mas de crianças cultas que conheçam palavras como rilha, gineta, dengosa, láparo, embezerrado, ou que as compreendam no contexto em que foram colocadas. Não é um conto de crianças habitual, de lúdico linear. A raposa, cuja vida acompanhamos de criança a idosa, é trapaceira, engana tudo e todos para encher o bucho, conseguir o que quer. E não é que se safa sempre. E não é que nós, estranhamente, damos por nós a torcer pela gineta safardona aqui e ali?
"Para os meus dois filhos escrevi 'romance da raposa' e 'arca de noé, III classe', que em dia de Natal meti no sapatinho de cada um. Acabei para estas alegrias puras. Agora só manipulo drogas complexas para pessoas grandes" - Aquilino Ribeiro
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