15/08/2010

Exílio

Quinteto Tati, 2004 Transformadores

Daqueles que primeiro se estranha e depois se entranha. Transpira um Portugal literário que vai existindo sem se saber muito bem como.

'Fado qualquer' (6) é qualquer coisa de especial. Vejo nela, uma cantiga-versão digest e comprimida do 'livro do desasossego' de Pessoa. "Mas hoje à noite, se um fado qualquer soar estafado na sala de estar, talvez se aguente sem nada dizer, enchendo a boca durante o jantar".

O 'inventário marítimo' (10) é também deliciosamente literário e inquietante. Toda a gente que vive em Lisboa devia ouvi-lo pelo menos uma vez.

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