25/12/2014

Um homem muito procurado

John le Carré
Dom Quixote, 1ra edição

Não sei se foi da tradução mal conseguida mas parecem haver peças, parágrafos, palavras que não batem certo, nem parece o le Carré do "Espião que saiu do frio".

O cenário tem potencial: Hamburgo pós 11 de Setembro, a cidade onde germinou a raís do mal,  o pai checheno corrupto que pôs um banqueiro alemão a dever favores e o filho destruído a escapulir-se pela Europa até uma sociedade que não o aceita. O terrorista 95 pct bom.  Tudo isso poderia funcionar mas acaba por não acontecer. Quem comete erros de tradução do calibre apresentado em baixo, quão fiel terá sido ao trabalho original?

"Depois de tomar banho, vestiu-se para correr: calções de lycra pelos joelhos, sapatilhas, uma blusa leve para um dia quente, colete sherpa e - na mesa de bambu ao lado da porta - o capacete e as luvas de pele. " "Do Santuário pedalou a toda a velocidade até uma bomba de gasolina"
p. 154

Mas não é tudo mau. 

"Na minha faculdade de direito falávamos muito sobre a lei estar acima da vida - disse ela. - É uma verdade fundamental da nossa história alemã: a lei não para proteger a vida, mas para abusar dela. Fizemo-lo com os judeus. Na sua forma americana actual, permite a tortura e o rapto oficial. E é infecciosa. O seu próprio país não está imune, nem o meu. Eu não sirvo esse tipo de lei. Eu sirvo o Issa Karpov. Ele é meu cliente. Se isso o embaraça, não lamento."

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